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Entretenimento

Tive a oportunidade de mergulhar ainda mais no universo da cultura pop através de entrevistas e críticas, explorando diferentes narrativas e perspectivas. Entre os momentos mais marcantes, pude conversar com personalidades incríveis, como Miguel Falabella, e trocar ideias sobre arte, cinema e entretenimento.

Além disso, tive o privilégio de assistir a filmes inéditos antes do público, como O Menu e Uma Ideia de Você, analisando suas histórias, performances e impacto cultural. Cada experiência me permitiu expandir meu olhar crítico e reforçar minha paixão por contar histórias e compartilhar visões sobre o mundo do entretenimento.

O Coro: Sucesso Aqui Vou Eu é a versão brasileira de Glee no Disney+

Podendo ser considerado o Glee brasileiro, O Coro mantém a qualidade nos números musicais tal qual a série de 2009

   O cenário de séries adolescentes cresce a cada dia, assim como o espaço de produção nacionais. O Coro: Sucesso Aqui Vou Eu é a junção desses dois mundos. A nova produção musical da Disney+  escrita, dirigida e protagonizada por Miguel Falabella traz a história de jovens em busca de um sonho em comum: viver da arte.

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  A premissa de transformar sucessos do nosso MPB em trilha sonora de uma série musical da Disney soa incrível. Afinal, estamos acostumados a ver os sucessos norte-americanos sendo parte de um enredo cinematográfico que, por sua vez, poderia muito bem encaixar em algumas de nossas brasilidades. É incrível ver um personagem principal dissertar sobre sua vida com auxílio das palavras de Raul Seixas. É cativante de um jeito nosso. 

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   Em entrevista ao Chippu, Falabella contou que o processo de escolher as músicas foi a parte mais divertida do processo, e ao longo deste, surgiram várias ideias de repertório. “A escolha das músicas eu dividi por episódios ou por gênero ou por períodos. tem tropicália, tem clássicos do MPB, tem sertanejo, tem samba. [...] O processo de vê-los [os atores] cantar essas músicas foi fascinante.” disso o ator e criador.  

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  O enredo de jovens adultos em busca de um sonho, apesar de batido, é interessante de se acompanhar. A realidade representada na tela traz identificação para muitas pessoas, que assim como os personagens, precisam passar pelos perrengues da vida como pegar ônibus lotado e acordar atrasado para um compromisso. Claro que gostamos de degustar uma boa produção hollywoodiana, ou até mesmo as asiáticas que estão ganhando notoriedade ao passar dos anos, mas o doce de ver a ambientação brasileira com problemas do cotidiano deste país é ainda mais satisfatório. 

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  O desafio de escrever uma produção desse tamanho, é grande e tecnicamente novo para Falabella.“ Eu já tinha o projeto há algum tempo. Sempre foi pensado como série e foi nos dado 10 episódios para criar e de certa forma finalizar as histórias dos personagens. Esse foi o maior desafio.” explicou. 

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  Em questões técnicas, Miguel Falabella acertou precisamente na construção de personagens. Nos três primeiros episódios, a evolução dos jovens talentos começou a ser formada e aparenta ser interessante. Os protagonistas são bem construídos; Eles têm vontades, defeitos, e evolução, o que torna a trama apesar de clichê, nada vazia. 

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  Quase um “Glee brasileiro”, O Coro mantém a qualidade nos números musicais, tal qual a série protagonizada por Lea Michele em 2009.  As vozes magníficas de Graciely Junqueira, Lucas Wickhaus e Carolina Amaral e suas performances são o ápice d’O Coro até agora. Há algumas melhorias a serem feitas na atuação dos jovens talentos apresentados, porém eles certamente demonstram ter algo promissor em seus caminhos. 

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O Coro

Uma Ideia de Você: Anne Hathaway e Nicholas Galitzine exalam química em romance nada teen

O belo trabalho do casal principal cativa e faz esquecer a diferença de 20 anos de idade entre eles em uma fanfic bem produzida

O Prime Vídeo adaptou mais um livro de romance para as telas. A produtora vem dando vida a várias histórias literárias como Vermelho, Branco e Sangue AzulDaisy Jones and The Six e O Verão que Mudou Minha Vida, que já está indo para sua terceira temporada.

Continuando no seu investimento em obras famosas na literatura teen, veio Uma Ideia de Você. Protagonizado por Anne Hathaway e Nicholas Galitzine, a história gira em torno de Solène, uma mulher recém divorciada na casa dos 40 anos, que se envolve com Hayes Campbell, jovem astro pop 16 anos mais jovem.

Se você pensou “nossa que roteiro fanfic” saiba que na sua forma original, o conto escrito por Robinne Lee, é uma fanfiction inspirada na boyband One Direction. O cantor Hayes da história é uma versão de Harry Styles criada por Lee. Não preciso dizer que os fãs, não só da história, mas também da ex banda, foram o público alvo. E o objetivo foi alcançado.

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Não tinha pensado em ler o livro até ficar sabendo da adaptação e os atores que fariam os personagens. Quando descobri a origem da história, confesso que me atraiu ainda mais. Como uma fangirl assumida e apaixonada por boybands, não poderia deixar de estar na pré-estreia desse filme.

Mesmo com o interesse na premissa e no elenco, eu imaginei que o filme seria um desastre. Daqueles que a gente assiste, se diverte mas não tem como defender nem falar para os outros que você viu. Mas surpreendentemente o filme é sim bem feito. Não há grandes plots twists, grandes inovações ou cenas dignas de prêmios, no entanto foi uma ótima surpresa.

Anne Hathaway, nunca deixa a desejar. Mesmo em papéis mais simples, a vencedora do Oscar por Os Miseráveis entrega personagens profundos. Sendo uma mulher adulta, mãe de uma adolescente e dona de seus negócios, Solène tem tudo pra não deixar se intimidar por um garoto 20 anos mais novo. No entanto, a personagem se vê tão envolvida e apaixonada por Hayes, que ela traz de volta todas suas inseguranças relacionadas à idade, corpo, inteligência emocional e etc.

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A personagem de Hathaway tem um longo monólogo, que é um dos pontos altos do filme. Ele consegue trazer toda a dor e incerteza de Solène, seja sobre seu antigo relacionamento ou sobre ela mesma, com maestria. Seus sentimentos são vívidos e conflitantes. Da mesma forma, Nicholas Galitzine, transmite em seu olhar uma surpresa e preocupação ao vê-la falar que ainda estou tentando decidir se era ele ou Hayes naquele momento.

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Mais uma vez, o filme entrega o que se propõe: uma comédia romântica engraçada e emocionante, mas com uma escolha de elenco que deu uma ajuda ao roteiro simples, para que ele não pendesse para o lado ridículo da linha tênue entre a beleza da história e a bobeira.

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Galitzine tem se destacado com papéis de mocinhos em filmes de romance. Em Vermelho, Branco e Sangue Azul, ele foi um príncipe gay apaixonado pelo filho do presidente dos Estados Unidos. Em Uma Ideia de Você, o ator manteve o sotaque falso britânico e fez seu dever de casa ao estudar meticulosamente o jeito de Harry Styles.

A nostalgia que a banda fictícia August Moon me trouxe foi a mesma de assistir ao filme documentário This is Us do One Direction. Nicholas Galitzine parecia pertencer aos palcos e até sua voz rouca e melancólica nas músicas originais do filme me fizeram acreditar que ele poderia ser Styles em um outro universo. Afinal, ele era.

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A química do casal principal fez com que me apaixonasse e torcesse pelos dois do início ao fim. Mesmo não gostando do enredo de diferença de idade, Hathaway e Galitzine souberam fazer com que fosse natural o envolvimento dos dois. A questão etária é levantada de forma rasa no filme e não há como negar o estranhamento em uma mulher de 40 anos com um jovem de 24. Mas se vivemos em um mundo vendo os relacionamentos de Leonardo DiCaprio, por exemplo, também não é difícil de aceitar o de Solène.

Uma Ideia de Você já está disponível no catálogo do Prime Vídeo e as músicas originais interpretadas pela banda Austin Moon estão no Spotify, e confesso: já me pego ouvindo o pop na voz de Nicholas Galitzine.

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Um Ideia de Você

O Menu é divertido mas decepcionante - Crítica 

O filme desperdiça de elenco e trama com um desfecho mais ou menos

O sucesso de Anya Taylor-Joy é evidente desde o lançamento de Gambito da Rainha na Netflix. A espera por suas próximas produções costuma deixar os fãs de seu trabalho ansiosos e com O Menu, novo suspense protagonizado pela atriz em conjunto com Ralph Fiennes e Nicholas Hoult, não foi diferente. O longa traz grandes nomes, impecáveis atuações mas um desenvolvimento fraco. A proposta da trama é diferente e até certo ponto empolgante, no entanto, sua conclusão não é lá essas coisas.

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  Margot (Anya Taylor-Joy) e Tyler (Nicholas Hoult) visitam um exclusivo e renomado restaurante em uma ilha deserta. Até aí tudo bem, mas o aclamado chef Julian Slowik (Ralph Fiennes) tem planos para que seu menu seja inesquecível e chocante. A sinopse pode não chamar muita atenção, e a curiosidade é, ao princípio, baseada nos nomes envolvidos no elenco.

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  Logo no início do filme, somos levados ao restaurante onde tudo parece milimetricamente calculado para ser perfeito. Os cozinheiros trabalham com um foco invejável e uma dedicação preocupante. Quando o grande chefe Slowik aparece, entendemos o motivo de tanta cautela, o homem não dá espaço para erros, nem seus e nem de seus funcionários, e frieza no olhar de Fiennes te causa até calafrio. O Menu é uma espécie de bomba relógio na qual você se aflige na cadeira enquanto não sabe quando ela irá explodir e causar estrago.

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   O ponto de vista do telespectador é o mesmo dos clientes do restaurante. Todos os olhos atentos e curiosos para saber o que viria a seguir. O personagem de Hoult é fascinado pelo trabalho do chef e parece ser o único que não tem muita sede de pressa para o próximo prato. O jovem Tyler demonstra estar preocupado demais em prestigiar e agradar Slowik, o que causa estranhamento inclusive em sua parceira, interpretada por Joy.

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  Fiennes, no entanto, é o grande astro em tela. Seu papel como um chef obcecado pela perfeição e conceitualidade chega a causar medo de início. Certamente, o ator sabe fazer um vilão como ninguém e devemos isso aos anos em que deu vida a Lord Voldemort, na saga Harry Potter. Para quem acompanha seus trabalhos desde o mago das trevas nos filmes infantojuvenis, O Menu pode não ser um marco em sua carreira, mas irei lembrar deste personagem com o mesmo arrepio na espinha que lembro de Voldemort.

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  O personagem de Fiennes foi o ponto alto do filme ao mesmo tempo em que foi o mais decepcionante. Por se tratar de alguém emblemático, o desenvolvimento de Slowik foi pouco aproveitado e pouco explorado. Nenhum personagem teve sua história realmente apresentada, mas a do chef foi uma grande perda, afinal ele era o ponto chave do filme, a razão para tudo estar acontecendo e não teve um motivo aparente além do superficial. Saímos da sala do cinema cheia de perguntas e com desejo de mais.

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  O Menu surpreende do começo ao fim, mesmo que nem sempre de um jeito bom. A maneira como a trama oscila seus sentimentos é divertida. O cardápio artístico preparado pelo chef variou entre revelações bombásticas e letais. Ver o longa sabendo o básico foi essencial nessa experiência. Porém, essa empolgação se dissolve após a metade do filme. Os eventos passam a ser mornos e nada é mais uma surpresa.

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  O embate final entre Margot e Slowik é até genial da parte da moça. Ela faz algo que nem o público e nem o chef esperam. Mas para um filme tão angustiante e divertido, o desfecho deixa muito a desejar. Foi como se eu estivesse o filme todo esperando pela briga entre Batman e Coringa e os dois decidissem seguir seus caminhos sem se confrontar de fato. Decepcionante.

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Ressaltando o que havia dito, falta uma profundidade maior nos personagens. São ótimas personalidades com incrível potencial de trama perdido no vazio do final. As informações sobre suas vidas eram jogadas em meio aos diálogos e sempre com uma parte faltando. Os motivos e intenções são revelados, no entanto sem um desenvolvimento para eles. O roteiro de Seth Reiss e Will Tracy é divertido e diferente, mas poderia ser melhor.

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O Menu

Dos palcos para Netflix

Todos os grandes artistas tem seu documentário para trazer a ‘verdadeira identidade’ de suas vidas. Agora foi a vez do cantor canadense, Shawn Mendes de 22 anos, estrelar seu próprio filme documentado. O jovem performance começou sua carreira em 2014 fazendo pequenos vídeos na internet, no antigo aplicativo Vine. Sua voz interpretando músicas de outras personalidades como Justin Bieber, One Direction, Adele e entre outros, encantou adolescentes do mundo todo. Mas como contado no longa, foi com “Say Something” de A Great Big World com Christina Aguilera, que chamou a atenção de Andrew Gertle, seu empresário. 

 

Os próximos passos de Mendes só garantiram seu sucesso. Após o encerramento da tour Magcon (com um grupo de jovens reunidos do Vine) em 2014, o garoto trilhou seu caminho e lançou seu primeiro álbum de estúdio, ``Handwritten'', no ano seguinte. Com isso, ele conseguiu abrir shows como de Taylor Swift, Austin Mahone e Fifth Harmony. O documentário In Wonder de Shawn lançado agora no último dia 23, traz memórias de toda essa trajetória até seu recente single ``Wonder''. 

 

Como quase todo adolescente que vira um grande artista reconhecido no mundo todo, Shawn demonstra seus dilemas e conflitos gerados pela fama. Suas questões internas sobre querer ser enxergado como um garoto ‘comum’ ou continuar com “sua capa de super herói” e não transparecer seus problemas para seu público, é o grande enfoque do documentário que mostra esse lado mais intimista. Sendo essa pessoa comum com problemas, Mendes conta suas dificuldades com a ansiedade e a falta que sente de sua família constantemente quando está em tour. Em contraponto como o artista que não possui defeitos, o cantor precisa subir no palco em cada show e fazer tudo perfeitamente pois na visão dele, ele deve isso aos fãs. 

 

Toda essa problemática é explorada pelas mãos do diretor Grant Singer, em uma visão dramatizada para fazer qualquer um sentir emoção e até um pouco de tristeza ao ver os conflitos do cantor. Fica claro isso quando é mostrada a cena de Shawn tendo que cancelar um dos shows em São Paulo no Brasil por questões médicas. Apesar de ser perceptível a tristeza e desapontamento de Mendes, por ser documentado seu choro, deixa nítido a intenção de dramatizar mais do que deveria. 

 

A carreira do cantor continua sendo promissora, indo para seu quarto álbum de estúdio, Shawn Mendes continua dominando o topo mais importante da indústria da música, o Billboard hot 100. Seu primeiro single ‘Life of the Party’ de 2014 o fez ganhar o posto do artista mais jovem a entrar para o top 25 da lista. Ainda hoje o garoto está em duas músicas no famoso hanking, Señorita com Camila Cabello e Wonder, lançado em Outubro de 2020. Além de trabalhos na música, Mendes já se arriscou como ator, fazendo uma participação especial na série de tv The 100 em 2016 e também como modelo ao posar para o ensaio de roupa íntima da Calvin Klein no ano de 2019.

 

Quando se trata de sua vida pessoal e relacionamentos, Shawn sempre preferiu ser mais reservado. No In Wonder, o garoto mostrou pela primeira vez detalhes de seu namoro com a cantora Camila Cabello, como o fato de estarem morando juntos em seu apartamento em Nova York. A relação com sua família e amigos também foi explorada, com suas visitas a casa de seus pais no Canadá, sua proximidade com Aaliyah Mendes, sua irmã mais nova, e seu melhor amigo de infância Brain Craigen. Todo o cuidado em trazer pessoas íntimas de sua vida para o documentário fez com que a trama ficasse ainda mais intimista e transparente para seu público, que espera por isso há alguns anos. 

 

Comparado com Miss Americana, documentário de Taylor Swift também produzido pela streaming Netflix, ambos trouxeram a aproximação com os fãs por mostrarem suas vidas além dos palcos. Tirando o foco suas performances nas turnês e trazendo o enredo para o seu dia a dia como pessoas públicas e os problemas derivados disso, seus filmes são diferentes do estilo feito por One Direction em This is Us e Never Say Never de Justin Bieber que mesclam bastidores com os shows. O método adquirido serve tanto para mostrar as personalidades dos artistas quanto para atrair seus próprios públicos. 

 

O documentário In Wonder não é o único projeto de Shawn Mendes para 2020, ele ainda lançou música em parceria com Justin Bieber chamada Monster que é um single de seu próximo álbum Wonder que será lançado em 4 de Dezembro do mesmo ano. Além de surpreender a todos com seu live concert também na Netflix neste dia 25. Aqueles que apoiam e gostam do trabalho do cantor podem esperar muito dessa nova era de Shawn que promete trazer um conceito diferente de tudo que já foi lançado por ele.

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Wonder

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